domingo, 14 de abril de 2013

Desejo dançar a dança do desejo


O todo visto, querido, sonhado, esperado está aí na tua frente.
Um agora que o olho deseja que pertença a carne.
Um embalo que se nega e se dá, uma atração envolvente que toca o outro.
Vem comigo, entra tu também na roda e dança os passos desta canção.
O desejo latente que é nosso se lança em braços, em múltiplos abraços, em lábios partilhados, em toques. Pura malícia!
Existe um excesso de querer, de inveja.
São dois, três, quatro que não se somam. Talvez se multipliquem ou se dividam.
Eu te quero, quero ela que te quer e te deixa, me esquece.
Isso também é desejo, isso também é dança.
Uma plenitude de nós desejada, habitando no eu sozinho e juntos vivemos o mesmo pensamento, o mesmo sonho, no mesmo querer.
Um, eu, ela. Um nós. Um plural.
E eu continuo só.

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